As criptomoedas apresentam desafios únicos para a herança tradicional. Diferentemente de bens físicos como imóveis ou carros, não há um título de propriedade físico a ser transferido. As criptomoedas residem em carteiras digitais protegidas por chaves privadas, que concedem acesso aos fundos. Para garantir que os Bitcoins cheguem aos herdeiros, é fundamental tomar medidas proativas:

Planejamento é fundamental

Testamento: Incluir as criptomoedas no testamento é crucial para definir seus herdeiros e evitar disputas legais. Especifique a quantidade de Bitcoin a ser herdada por cada pessoa e como ela deve ser acessada.

Beneficiários: Nomeie beneficiários em exchanges de criptomoedas. Isso permite que seus herdeiros retirem os fundos diretamente da plataforma, sem a necessidade de chaves privadas.

Detalhamento: Crie um documento detalhado com instruções claras sobre como acessar suas criptomoedas. Inclua informações sobre as exchanges utilizadas, senhas, local das chaves privadas e qualquer outra informação relevante.

Segurança para você e seus herdeiros

Armazenamento seguro: Armazene suas chaves privadas em um local seguro e offline, como em um hardware wallet ou em um arquivo criptografado. Evite guardar as chaves em e-mails ou serviços em nuvem.

Compartilhamento de informações: Compartilhe as instruções de herança e as informações de acesso com pessoas de confiança, mas não as próprias chaves privadas.

Considere um plano B: Tenha um plano alternativo caso perca o acesso às suas chaves privadas. Isso pode incluir a definição de um guardião que possa auxiliar na recuperação dos fundos.

Consultar um escritório de advocacia com conhecimento em criptomoedas pode ser útil para garantir que seu plano de herança esteja juridicamente sólido e em conformidade com as leis brasileiras.